Pintura de Romero Britto

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

JE T´AIME - LARA FABIAN


Lara Crokaert é o seu  nome verdadeiro. Filha de pai belga e mãe siciliana, nasceu no dia 9 de Janeiro de 1970 em Etterbeek (Bruxelas). Lara viveu até os  cinco anos na Sicília, nas proximidades do vulcão Etna. Em 1975 voltou à Bélgica para estudar música e em 1978, no dia de St-Nicolas, ganhou um piano de presente, começando a compor suas primeiras melodias e também a ter aulas de canto.

Ela se apresentava em pequenas salas em Bruxelas e nas redondezas, ajudada pelo pai, que sempre a incentivava a participar em concursos de amadores. Em 1986, após ganhar o concurso Le Tremplin de Bruxelles, ela teve a oportunidade de gravar duas canções:  L'Aziza est en pleurs (Aziza está em prantos) e  Il y avait no lado B. Foram feitas 500 cópias.

Em 1988, Lara representou Luxemburgo no Festival Eurovisão da Canção, em Dublin, ficando em quarta posição, fato que impulsionou sua carreira. Ela abandonou definitivamente seu curso de direito para dedicar-se à música em tempo integral. Após gravar “Je sais” (em dueto com Franck Olivier), foi para  Quebec, uma das dez províncias do Canada, para promover a canção. De volta à Bruxelas, ela só pensava em voltar para Quebec, onde a população é 80% franco-canadiana (descendentes de franceses) o mais rápido possível, pois havia se apaixonado pelo lugar.

Lara conheceu Rick Allison num piano-bar em Bruxelas. Ele tocava maravilhosamente e a sintonia entre os dois fez com que abandonassem tudo na Bélgica para tentar a sorte em Quebec, onde lançou o seu primeiro álbum em 1991, produzido por seu pai. Despois fez uma turnê por todo o Canadá, durante dois anos.

Seu segundo álbum, Carpe Diem foi lançado em 1994. O disco trouxe sucessos como Tu t'en vas e Je suis malade, ganhando prêmios Félix e Junos no Canadá. Em 1° de julho de 1995 Lara Fabian obteve a nacionalidade canadense. Em 1996, alguns meses após se tornar cidadã canadense e de um estrondoso sucesso de sua turnê Sentiments Acoustiques, ela foi escolhida pelos estúdios Walt Disney para interpretar a voz da personagem Esmeralda do filme O Corcunda de Notre Dame, assim como gravação da trilha, com a canção “Dieu Aide Les Exclus” ( Deus ajuda os excluidos).

Em setembro de 1996, seu terceiro álbum Pure foi premiado como melhor álbum popular e Junos (melhor álbum francófono). Somente em 1997 o álbum Pure foi lançado na Europa, vendendo mais de dois milhões de cópias depois do sucesso de “Tout, Je t’aime, Humana e La différence.Tout”, que lhe renderam um World Music Awards. Em meio a esse tempo Lara se apresentou em programas de TV, rádio, jornais, revistas.  Depois partiu para uma turnê pelos países europeus francófonos.

No dia 20 de Fevereiro de 1998, no palco do Olympia, ela recebe o Victoire de La Musique como Revelação do Ano. Sua popularidade foi homenageada com uma réplica sua no Museu de Cera Grévin e em 1999, um disco ao vivo alcança o primeiro lugar em vendas no mesmo dia do lançamento. Também neste mesmo ano Lara Fabian lança o seu primeiro álbum em inglês.

A cantora influenciada por Barbra Streisand, confirma seus dotes vocais excepcionais, mais particularmente com “Adagio” (versão do famoso Adagio de Albinoni). Lara gravou um esplêndido especial de tv, o From Lara With Love, onde apresentou canções do disco atual em inglês além de inesquecíveis interpretações para canções como Perdere l'amore, Caruso e Je suis malade, que é um dos vídeos mais acessados de Lara até o momento. As outras canções: I am who I am, Love by grace e Quédate foram as responsáveis por  consagrá-la em países como Brasil, Portugal e Espanha. A música Love by Grace fez enorme sucesso no Brasil por ter sido tema da personagem Camila (Carolina Dieckmann) enquanto ela lutava contra a leucemia, na novela Laços de Família, exibida pela Rede Globo de 2000 a 2001.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

UMA RECEITA INESQUECÍVEL!

Certo dia eu estava indo para casa, voltando do trabalho, e lembrei-me de que precisava dar uma passadinha no mercado para comprar algumas coisas que estavam faltando para preparar o meu jantar daquele dia. Afinal já era quinta feira e desde a segunda eu não havia tido tempo para fazer uma refeição decente depois de trabalhar os tres últimos dias num projeto em tempo integral. Acho que até perdi uns dois quilinhos pois só me alimentava com lanche natural e barras de cereais. Naquela noite resolvi que o meu lado “chef de cozinha” imperaria! De manhã já a caminho do escritório, fui pensando no carro que receita mais me agradaria. Adoro cozinhar mas preciso estar disposta e inspirada, já que morando sozinha não disponho de certos ingredientes para elaborar um prato mais  requintado a qualquer momento. Cismei de fazer um peixe assado com acompanhamento de creme de mandioquinha e legumes. Esses eu já tinha comprado na feira de domingo mas ainda faltavam o peixe e aquela raíz amarelinha que eu amo!

No estacionamento percebi que essas comprinhas demorariam mais do que eu esperava! Era final de mês e pela quantidade de carros estacionados o supermercado deveria estar bem movimentado... Por um instante pensei em desistir mas o desejo de comer aquele peixe foi mais forte do que o meu cansaço! Rapidamente comprei algumas coisinhas de que precisava e escolhi as mandioquinhas que pareciam bem frescas. Quando fui escolher o peixe, o diálogo que se desenrolou entre mim e o atendente foi memorável!

- Moço, por gentileza, eu gostaria de levar este Pintado aqui... (Eu adoro esse peixe e não é fácil encontrá-lo nos supermercados!) É para assar, dá para limpar?

- Dona, acho melhor a senhora não levar...

Intrigada, olhei surpresa para o rapaz que estava me atendendo. Ele segurou o Pintado com uma das mãos e com a outra passou os dedos enluvados no corpo do peixe, dizendo:

- Veja, a pintura dele está muito desbotada... cinzenta... Eu não recomendo!

“Pintura” ... Realmente eu não acreditei no que ouvi!
Tive uma vontade louca de rir mas percebi que ele não estava falando em tom de brincadeira, parecia mesmo preocupado.

A senhora já assou um Namorado? (para quem não conhece, Namorado é um peixe de água salgada, também muito saboroso)

O atendente novato fez a tal pergunta com um tom de voz meio elevado e quando virei o rosto para o lado, tentando me controlar para não gargalhar ao imaginar o meu ex-namorado sendo assado dentro de um forno gigantesco, notei que algumas pessoas estavam paradas olhando para nós com olhares curiosos e sorrisos marotos. Na verdade até que não teria sido má idéia assar aquele babaca do Ronaldo! Pricipalmente com uma maçã na boca! Ele detestava maçãs! Pensando em tudo isso respondi meio distraída:

- Não tive a oportunidade! Será que fica gostoso?

Um homem bem interessante que estava ao meu lado, aguardando ser atendido, olhou-me com um sorriso gentil, e sem que o rapaz tivesse tempo de responder-me o bonitão comentou:

- Com certeza , a srta iria adorar! Namorados tem um sabor que sempre agrada, qualquer que seja o modo como são acompanhados...

Pensei no Ronaldo acompanhado de maçãs carameladas... Desta vez não consegui disfarçar. Caí na risada e o atendente ficou me olhando sem entender nada. Antes que o diálogo embora divertido se tornasse mais embaraçoso, eu disse:

- Vou levar o Pintado mesmo! O Namorado fica para outro dia! Olhei o homem que me paquerava descaradamente e quase rosnei:

- Estou vendo que só tem um Namorado na gôndola. É melhor levá-lo antes que o senhor fique sem, já que aprecia tanto...

Vocês querem saber o final da história? Imaginem! Carlos, o descarado daquela noite é meu namorado há alguns meses e podem ter a certeza que ele tornou-se um afeto muito especial em minha vida. Naquele dia, ele disse que só levaria o único Namorado da gôndola se eu concordasse em jantar com ele e lhe permitisse preparar o delicioso peixe especialmente para mim...

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A BELA E A FERA - O amor entre os diferentes...


Para aqueles que assistiram o desenho, uma das mais famosas animações da Disney, lançado em 1991, e para os que, infelizmente, ainda não o conhecem. Uma história de magia e encantamento que passa uma linda mensagem para adultos e crianças. O vídeo mostra um momento especial do filme.

Tale as old as time
True as it can be
Barely even friends
That somebody bends
Unexpectedly

Just a little change
Small, to say the least
Both a little scared
Neither one prepared
Beauty and the Beast

Ever just the same
Ever a surprise
Ever as before
Ever just that sure
As the sun will rise


Tale as old as time
Tune as old as song
Bittersweet and strange
Finding you can change
Learning you were wrong

Certain as the sun
Rising in the east
Tale as old as time
Song as old as rhyme
Beauty and the beast

Tale as old as time
Song as old as rhyme
Beauty and the Beast

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O AFETO DE NOSSOS AMIGOS

Amigos são afetos que nos envolvem emocionalmente de diferentes maneiras! Uns nos entusiasmam, outros procuram nos proteger, outros nos confortam de uma forma quase sempre exclusiva. Em muitos momentos de nossa vida sentimos que precisamos ter ao nosso lado esse ou aquele amigo ou amiga e é interessante lembrar e analisar esses relacionamentos quando estamos sós, sem sentirmos a falta de alguém de uma forma geral...  Na minha relação de amizades é fácil estabelecer uma seleção de amigos específicos para cada situação que eu vier a enfrentar. É engraçado comparar como vivenciam determinadas circunstâncias e as suas variadas reações.

Algumas vezes pedi socorro para Sandra quando deveria ter chamado a Silvia... Percebi também que Roberto é o melhor companheiro para praticar meus esportes preferidos; montanhismo e equitação. Embora Paulo seja o bambambam nos dois esportes, é um péssimo parceiro, pois vive criticando a minha performance o tempo todo! Ele é incapaz de entender que eu quero me divertir mais do que me aperfeiçoar... Roberto apesar de fazer quase o impossível para equilibrar-se em cima de um cavalo e só desejar escalar montanhas pouco íngremes por estar um pouco acima do peso e se cansar facilmente, me diverte com o seu jeito alegre e meio moleque.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

PAIXÃO ANIMAL

Desde muito pequena sempre morei em apartamento e meus pais nunca permitiram que eu tivesse qualquer animalzinho de estimação. Quando casei, comecei a pensar em ter um bichinho e logo me encantei com um gatinho que sempre tentava entrar em meu apto quando minha vizinha abria a porta. Calma, não o peguei pra mim, não! Convenci meu marido que poderíamos adotar um casal desses felinos; assim um faria companhia ao outro enquanto estivéssemos trabalhando.

Espalhamos a idéia entre nossos amigos e rapidamente fomos presenteados com um macho e uma fêmea muito lindos, que haviam sido abandonados e recolhidos por um amigo que já sabia da nossa intenção.  Foi paixão a primeira vista! Batizamos o gatinho de Snow, que era totalmente branquinho e de Soft, a gatinha de pelo cinzento e macio.  Providenciamos a castração dos dois para que não tivéssemos alguma surpresa no relacionamento dos dois irmãozinhos. Snow e Soft eram a nossa alegria sendo tratados como se fossem nossos filhos, pelo menos era o que comentavam aqueles que nos conheciam.

Marcos e eu tinhamos um negócio próprio, um estúdio fotográfico que nos obrigava a ter uma vida profissional muito movimentada, com viagens constantes mas quase sempre nos alternando, sem deixar nossos bichanos sozinhos. 

Certa vez, surgiu uma viagem que teríamos que realizar juntos e que duraria praticamente uma semana. Naquela época não podíamos contar com o favor de amigos para olhar nossos gatos e assim resolvemos colocá-los num hotelzinho de Pets. Era uma situação inédita para Soft e Snow e nos preocupamos bastante! No dia de levá-los para o hotelzinho, estávamos tão estressados que acabamos carregando o carro com tudo que era preciso, ração, tijelinhas, carteirinha de vacinas, caminha, brinquedinhos e claro, também com coisas que não eram necessárias! Ansiosos, saimos da garagem do prédio rumo ao hotelzinho e depois de poucos km percebemos que Snow e Soft haviam ficado no apartamento...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

CUIDANDO DO CORAÇÃO...

Laura era uma moça muito tímida e apesar dos seus 21 anos, demonstrava ser muito reservada em relação a sua vida pessoal. Cursava o terceiro ano de medicina e sabia que se não fosse persistente em seus objetivos de vida, não conseguiria o diploma com que tanto sonhava. De origem humilde, seus pais lutavam com muita dificuldade para que nunca lhe faltasse os livros e demais recursos para a sua formação. Laura não tinha namorado desde a sua aprovação  no vestibular da USP e até aquele momento de sua vida não sentia falta de um relacionamento pois os estudos lhe tomavam tempo integral. Dependia financeiramente de seus pais já que a medicina não lhe permitia ter qualquer vínculo empregatício.  Muito sensível, compensava a falta de um amor escrevendo poesias nas poucas horas vagas que dispunha.  Imaginava que depois de formada, encontraria alguém e que aqueles escritos poderiam ser um elo de amor que já começava a atrair um lindo romance que aconteceria futuramente.

Laura se relacionava bem com praticamente todos os colegas de classe mas procurava preservar os seus anseios de mulher romântica, sempre evitando conversar sobre assuntos amorosos mesmo com suas amigas mais próximas.  Estudava muito e sempre que podia manifestava sua afetividade em folhas de papel cor de rosa (adorava essa cor),  perfumadas com borrifos de sua colonia favorita. O tempo passou e ela finalmente realizou o desejo de tornar-se médica.  Um dia, ao organizar suas coisas no novo apartamento que acabara de alugar, lembrou-se daquela caixa retangular vermelha, onde sempre guardava suas poesias e textos escritos ao longo de alguns anos, desde que havia iniciado o curso de medicina. Não pode deixar de sorrir quando avistou aquela bela caixa no meio de toda aquela bagunça, comprada para colocar toda papelada que representava a sua longa explosão de afeto contido durante tanto tempo, sem que tivesse oportunidade de demonstrá-lo para aquele alguém que ela idealizara como o seu grande amor! Já fazia quase um ano que não escrevia e também não sentia aquele perfume exalado quando abria a caixa para guardar seus devaneios de amor...

Sentou-se na poltrona do quarto com a caixa nas mãos, sentindo uma doce sensação de serenidade e esperança. Fechou os olhos por alguns momentos e pensou naquela criatura tão especial que havia sido a inspiração de ternura em várias épocas de sua vida de estudante. Suspirou profundamente e abriu a caixa...
O perfume suave pareceu impregnar seus pensamentos e a visão de todos aqueles papéis cor de rosa dobrados delicadamente quase fizeram estremecer o seu coração.
- Bobagem! Pensou. Mas continuou ali sentada, de olhos cerrados, tentando formar em sua mente, a figura do homem que ela havia inventado para corresponder  as suas ilusões. A campainha tocou pela segunda vez e só então ela ouviu, pois havia instalado uma de som mais suave para substituir a que já existia. Trouxera há alguns meses na bagagem quando viajou para o exterior a trabalho. Estranhou, já que a portaria não havia avisado sobre qualquer visita. Abriu a porta com a corrente de segurança travada e deparou-se com uma homem muito simpático, de trinta e poucos anos,  vestindo roupa esporte, com um sorriso franco e sedutor.